Ao ver um filme de Quentin
Tarantino, a minha expectativa é ver violência e sangue, muito sangue. Para
quem não conhece a sua filmografia, eu sugiro ver pela ordem de lançamento. Cães
de Aluguel, Pulp Fiction, Jackie Brown, Kill Bill Volume 1, Kill Bill Volume 2,
Bastardos Inglórios e Django Livre, até finalmente chegar em Os Oitos Odiados.
Ao assistir a evolução de Quentin Tarantino como diretor, você vai acompanhar
em capítulos, todos os elementos que o fazem ser tão cultuado no ramo. Suas
referências à cultura POP, os elementos semelhantes de todos os seus roteiros e
principalmente as homenagens que ele sempre presta aos seus ídolos.
Como um bom livro, ele divide a
narrativa em capítulos e conta essa história bem devagar, apresentando
personagens, desenvolvendo as possibilidades, criando o clima de suspense e
lentamente, mas bem lentamente, ele vai cativando a sua imaginação, diminuindo
a respiração e aumentando a concentração, para entregar de forma bruta o que
você mais deseja.
Sua equipe escolhe a dedo o
elenco, cada ator sabe exatamente o que fazer para entregar o que ele precisa.
As trilhas de seus filmes são sempre um ponto forte, mas essa é especial. A
trilha sonora atirou certeira no alvo, como deve ser feito em um bom faroeste
(realizada pelo gênio Ennio Morricone), ela é impossível de se passar despercebida
e perfeita para criar o suspense, com a ajuda da edição e fotografia, ela irá
explorar a sua capacidade de imaginação, pois o filme se divide em detalhes, e
cada detalhe trás mil possibilidades. Nenhuma parte técnica não tem destaque,
todas ajudam a contar uma história específica, que no final, te deixarão com um
sorriso de satisfação no rosto, afinal, você acabou de assistir mais um
brilhante filme do genial Quentin Tarantino.
Você sempre pode não gostar do
estilo, mas nunca vai poder ignorar o talento.
Disponível na NetFlix
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